terça-feira, 12 de agosto de 2008

Classe média, média classe

Meio rica
Meio culta
Entre o que acredita ser e o que é
Meio distante, meio perto

Desde o meio, olha meio mal
Aos negros
Aos ricos
Aos sábios
Aos loucos
Aos pobres

Se escuta um Hitler
Meio que gosta
E se fala um Che
Meio também

No meio do nada, meio em que duvida
Analiza até a metade todos os feitos
E meio confusa sai as ruas com meia panela
Então meio que chega a se importar
Com os que mandam em meio as sombras

As vezes só, se dá conta
Meio tarde
Que a usaram de peão
Em um jogo de xadrez que não compreende
E que nunca vira rainha

Assim, meio raivosa
Se lamenta
De ser o meio de que outros comem
Ao meio de um meio que não entende nem meio.



.

6 comentários:

lucio barbeiro disse...

hi. luciossb@hotmail.com

bjssss

Amanda Beatriz disse...

deve ser muito ruim viver pela metade.
eu ia te sugerir criar um blog no blogspot, mas daí vi teu arquivo no outro e imaginei que você tinha aquele blog à muito tempo e que não ia querer, hehehe! agora consigo te visitar mais vezes. assim que der altero o endereço no meu blog. e se quiser ajuda p/ criar um template, eu posso ajudar. já fiz uns 3! se quiser depois te passo o endereço! adoro criar templates!!!
beijos!

Anônimo disse...

Oi. gostei do visual do blog novo! um bjo.

Unknown disse...

Olá! Muito bonito o poema.
E muito obrigado pelo comentário no meu blog. Valeu mesmo... até!

Carlos Howes disse...

Adorei o texto.

A classe média vive assim, pelas metades: por um lado consome como os ricos, por um lado se aperta como as classes mais baixas. Porém, na hora da divisão governamental, o que lhe sobra vai muito aquém das metades..

E decepção não é meia..

N.C. disse...

Estou perdida, mas passarei a visitá-la no endereço novo. "Meio distante, meio perto", prazer em conhecê-la. Só escreverá poemas agora? Eu gostei de um texto seu no blog antigo, "Banco da praça". "Meio" triste, rs, mas bem bacana.

Beijos.