quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Brinquedo e Epílogo


Entre caprichos e jogos cristalinos surgem alguns abraços com sal, com gosto. E a vida se molha com aquarelas de sentimentos enquanto dilapidamos hipócritas conveniências.
O tempo cruel perde seu poder e nossos instantes são escritos com tinta que jamais se apagará. Você não é um brinquedo, mas conheço seus abandonados cantos.
Pendurei no varal do esquecimento, cortei as cordas do meu respirar e agora ambiciono cuidar da resina que formamos e comprovar através desse âmbar que nem um furação poderá balançar.

Se soubesses que o sangue das minhas cortadas veias foram certa vez o bálsamo de nossa quebrada história, mancharia minha vida com palavras vermelhas.
Traga o último capítulo do epílogo que espera seu turno, e não penso escrever-lo com estrofes torcidas. Minha melhor opção é te ter no meu mais doce egoísmo.
.

7 comentários:

Ju disse...

profundo!adoro textos assim.
a expressão doce egoísmo é brilhante.. e tão vivida por todos nós, sempre queremos e queremos cada vez mais.
Beijo!

Amanda Beatriz disse...

finais nunca são felizes. sempre fica esse gosto amargo, esse sentimento ruim. sempre fica no mínimo uma cicatriz, quando não uma ferida exposta.
beijo!

Ygor P. disse...

é um mover-se estagnado: assim sinto.

*** Cris *** disse...

"Minha melhor opção é te ter no meu mais doce egoísmo."
Laura, em algum momento temos que ser egoístas então que seja um doce egoísmo. Adorei seu texto.
Bom semana!

Carlos Howes disse...

Que o egoismo seja doce, que as cores sejam vermelhas, que as linhas se cortonem das mais variadas formas, mas que o desfecho não deixe de ser deleite.

Adorei teu texto! =)

Liévin disse...

poxa, mas que texto bonitinho!

parabéns.

*** Cris *** disse...

Olá, td bem?
Bem...se é verdade ou não, num sei,mas é melhor eles tomarem conta do posto deles,né?
(vi seu endereço no outro blog e te add no msn, mas ainda não tive resposta)
Bjs!!!