Aquilo fazia algo com os neurotransmissores, ficava grudado na pele. Recebia sinais do sistema nervoso, processava e devolvia modificado ao gosto do usuário. Tudo ordenado por controle remoto, que muitos levavam no bolso sempre. Quem se calava, agora se atrevia falar. O medo se ia, o sono vinha. Logo, a pena e a dor foram esquisitisses de uma minoria. Alguns se construíram como queriam ser, mais valentes e nobres, mais sensíveis. Outros enlouqueceram, bloquearam seus propósitos e ficaram inertes diante da televisão sem canal e com seus ruídos acinzentados. Outros foram escravos do mundo formatado, ou poetas suicidas, ou heróis involuntários de um castelo em chamas.
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5 comentários:
adoro tudo q vc escreve !
Otimo texto amor...te amo muito, e ó...fui o primeiro a comentar !
rs... te amo !
"Tudo ordenado por controle remoto, que muitos levavam no bolso sempre"
E é assim mesmo que acontece,estamos sendo regidos por um aparelho, um controle remoto,é o fim,né?
Bjs!!!
cruel realidade confusa...
beijo!
È de se esperar que mesmo com uma grande ferramenta em mãos e diferentes possibilidades, alguns humanos ainda assim enlouqueçam e não saibam como proceder. È uma natureza diversa, confusa, variada e de mil reações. Por isso tão intrigante.
Gosto muito dos teus texto.
Apesar das coisas continuarem sendo "Mais ou menos como sempre", sempre tem um presidente metrossexual como o tirador de cutículas da postagem anterior pra poder mostrar que a gente ser sempre os mesmos, não somos sempre os mesmos, não é mesmo?
Hasta!
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