segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mais ou menos como sempre


Aquilo fazia algo com os neurotransmissores, ficava grudado na pele. Recebia sinais do sistema nervoso, processava e devolvia modificado ao gosto do usuário. Tudo ordenado por controle remoto, que muitos levavam no bolso sempre. Quem se calava, agora se atrevia falar. O medo se ia, o sono vinha. Logo, a pena e a dor foram esquisitisses de uma minoria. Alguns se construíram como queriam ser, mais valentes e nobres, mais sensíveis. Outros enlouqueceram, bloquearam seus propósitos e ficaram inertes diante da televisão sem canal e com seus ruídos acinzentados. Outros foram escravos do mundo formatado, ou poetas suicidas, ou heróis involuntários de um castelo em chamas.
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5 comentários:

Renato Alexandre disse...

adoro tudo q vc escreve !

Otimo texto amor...te amo muito, e ó...fui o primeiro a comentar !

rs... te amo !

*** Cris *** disse...

"Tudo ordenado por controle remoto, que muitos levavam no bolso sempre"

E é assim mesmo que acontece,estamos sendo regidos por um aparelho, um controle remoto,é o fim,né?

Bjs!!!

Amanda Beatriz disse...

cruel realidade confusa...
beijo!

Carlos Howes disse...

È de se esperar que mesmo com uma grande ferramenta em mãos e diferentes possibilidades, alguns humanos ainda assim enlouqueçam e não saibam como proceder. È uma natureza diversa, confusa, variada e de mil reações. Por isso tão intrigante.

Gosto muito dos teus texto.

Leo disse...

Apesar das coisas continuarem sendo "Mais ou menos como sempre", sempre tem um presidente metrossexual como o tirador de cutículas da postagem anterior pra poder mostrar que a gente ser sempre os mesmos, não somos sempre os mesmos, não é mesmo?

Hasta!