sábado, 18 de outubro de 2008

Anestesia






Te atrai o fogo e as luzes
És mais um desta raça inerte
Teus gurús são pírulas
Teus dedos são agora
A continuação da máquina


Teus olhos incorporaram os signos
Teu coração se cobriu em látex
Injetarias chumbo no corpo para sentir algo
Que não seja anestésico
Estás perdido


Onde ficou seu amor pelos circos?
Quando deixou que as coisas fluam?
Quanta Ketamina seu sangue absorveu?
Já devorou seus monstros internos?


Bem vindo ao inferno dos inocentes
O purgatório já não existe
Somos o que deixamos de ser
Por covardes.





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5 comentários:

Amanda Beatriz disse...

ser humano é um treco estranho!
beijo!

Anônimo disse...

Gostei do texto, parece letra de musica heavy metal!

Carlos Howes disse...

Onde a ficção nunca foi tão ficção.

*** Cris *** disse...

Somos o que deixamos de ser
Por covardes.

Eh querida, fazemos isso muitas e muitas vezes...
Belo poema!
Bjs!

Renato Alexandre disse...

Nem sei oque dizer, como sempre vc arrasa nos textos !

TE AMO...e semrpe vou te amar