segunda-feira, 22 de março de 2010

Cannabis day

*
*
Silêncio em ecos,
Ressoantes e ensurdecedores ecos
Sem idéias, inertes.
Com um olhar ausente,
Que desenha seus sonhos,
Seus passos, sua vida,
Seus sentidos.

Em instantes, faz brilhar a aura
Embaixo do asfalto
Que continua em atrito
De ação e reação,
Já que nos ecos do silêncio,
A calma abunda em seus segundos
Com idéias e armas.
*
*
*

segunda-feira, 15 de março de 2010

Alguém

*
*
Do carinho que você me devota,
Com meus defeitos que você nem nota
E meus valores que você aumenta.
Desta paz que nos transmitimos,
Neste sentimento que repartimos.

Pelo silêncio que diz quase tudo.
Deste olhar que as vezes me devora
Com meus segredos sempre bem guardados.
Desse calor sem compromisso, inconsequente.
Capaz de me entregar inesperadamente.
*
*
*

terça-feira, 9 de março de 2010

Dormir

*
*
Pudera eu dormir um pouco,
Escapar do mundo triste e louco
Porque dormir...é como morrer um pouco.

Hoje quero dormir um pouco
E morrer pouco a pouco
Porque dormir...é como morrer um pouco.
*
*
*

terça-feira, 2 de março de 2010

A mesma anedota

*
*
Perca-se nos meus olhos, em um sono profundo.
Sabemos que no final, em todos os cantos,
Somos a mesma anedota que arranca uma lágrima.
Hoje é hoje, mas nada vai mudar esta mente.
Façamos sombra e silêncio
Passemos inadvertidos ao nosso destino
De espectralidades e insuportáveis momentos insípidos

Te vejo de onde estou, o lugar é o de menos
Te observo à distância, para você sou um espectro
Nem viva, nem morta, insuportável incerteza.
Ninguém te permitiu fazer esse duelo
Te olho e relembro, conheço cada um de seus buracos
Me transformei em uma sombra indescritível
Em uma incomensurável que não pode te esquecer
Por mais que estejam tentando me ensinar aos golpes
O esquecimento é parte da construção da história

Onde ficaram esses sonhos que nos uniram?
Em que momento amor, nos foi impossível manter a luta?
Tenho saudades do seu olhar rebelde, saudades da suavidade dos seus olhos
Tenho saudades da vida que tínhamos nas mãos.
Da vertigem de sentir-nos protagonistas de uma nova história
Que parecia render-se ao nossos pés.

Te vejo e sei que continuas aí, firme
Buscando as verdades deste tremendo genocídio
Por mais que tentem te calar
Por mais que banalizem nossa história
Que já é ferida que nunca termina de fechar
Sei que vai sortear os perigos, que nada poderá te abater,
Por isso te amei tanto.

Sei que apesar do que te rodeia
Desse desamor, de um mundo vazio de utopias
Serás fiel as recordações, fiel as nossas genuinas esperanças
Saberás como chegar ao fundo da verdade.

Lembre-se sempre meu amor,
Que não há detenção
Nem torturas extorcivas
Nem aparições
Que sejam piores que estar morta em vida.
*
*
*

segunda-feira, 1 de março de 2010

Nostalgia

*
*
De nostalgia minha alma chora.
E viajamos juntas,
Remando em uma lágrima.
*
*
*